domingo, 21 de março de 2010

Os coreanos em Araquari by LHS

21 de março de 2010.

N° 710
Artigo

Os coreanos em Araquari,

por Luiz Henrique da Silveira*


Um grande personagem da história, D. Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, foi, talvez, o primeiro europeu a pisar nas terras que hoje integram o município de Araquari.






Quarenta anos após a chegada das naus de Pedro Álvares Cabral, o grande desbravador ancorou de fronte onde hoje é Barra Velha. E com 250 homens, 40 cavalos, alguns escravos e índios catequizados pelos jesuítas, partiu para explorar a região, chegando até as terras de Araquari, que os nativos chamavam de Paranaguá-mirim (Enseada Pequena).






Depois, realizou a notável saga: subindo, em pequenos barcos, a partir do rio Itapocu (serra do Mar acima), chegou ao rio Negrinho, ao rio Negro, ao rio Iguaçu, até descobrir as cataratas. Depois, seguindo rio abaixo, chegou à bacia do rio da Prata, para onde enviara os navios que o levariam de volta à Espanha.






Os bandeirantes passaram por Araquari em 1658. Mas a fundação da vila só ocorreu em 1848, quando Manoel Vieira fundeou sua nau portuguesa. Ele e seu parceiro, Joaquim da Rocha Coutinho, deram ao lugar o nome de Nosso Senhor Bom Jesus do Paraty.






O nome atual decorreu de uma imposição da lei. Como já havia outra Parati, no Rio de Janeiro, em 5 de abril de 1876, quando desmembrada de São Francisco do Sul, seus líderes deram-lhe o nome de Araquari, que quer dizer “rio de refúgio dos pássaros” na língua tupi-guarani.






À falta de indústrias, o município ficou, por longas décadas, adormecido. Vieram os loteamentos, na região do Itinga, encostados no perímetro urbano de Joinville, para que seus moradores se valessem dos empregos gerados na Manchester Catarinense.






A virada começou com a vinda do Sinuelo e seu centro de compras, turismo e lazer. Vindo do Rio Grande do Sul, Ulysses Molon implantou ali um complexo que se refletiu na arrancada para uma nova era.






Há uns cinco anos, viabilizamos a instalação da Mabel, com incentivos fiscais e financiamento do Badesc. Assim, Araquari passou a ser referência na industrialização de massas e biscoitos.






Conheço o proprietário, Sandro Mabel, que foi deputado federal do PMDB de Goiás nos tempos em que fui presidente nacional do partido.






Seguindo a política de descentralização econômica da região, que se vem realizando com vários empreendimentos internacionais, como a indiana Arcelor/Vega do Sul, em São Francisco; a franco-bretã Cebrace, em Barra Velha; a italiana Marcegaglia, em Garuva; a japonesa Takata-Petri, em Piçarras; o Porto Battistella/Hamburg Süd, em Itapoá, e tantas outras, vem aí a Hyosung!






Em Araquari, a empresa multinacional coreana vai investir cerca de R$ 200 milhões na construção de uma moderna fábrica de elastanos, fios sintéticos utilizados em roupas esportivas, sungas, biquínis, maiôs, camisas, meias, meias-calça, meias de compressão, calças, lingerie, compressas médicas, fraldas e uma série interminável de outros produtos da indústria têxtil.






Nesta semana, firmamos, na Secretaria do Desenvolvimento Regional, o contrato de concessão de incentivos fiscais e logísticos dos programas Super Prodec e Pró-emprego, que vão viabilizar essa avançada indústria.






Bem-vinda, Hyosung!






*Governador do Estado

Fonte:
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2844353.xml&template=4187.dwt&edition=14340§ion=882

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